sexta-feira, 13 de abril de 2012

LITURGIA /ANO B - DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO – 08 / ABRIL / 2012


* Ressuscitar em Cristo! *



1a Leitura - At 10,34.37-43: Comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou dos mortos.// 2a Leitura – Cl 3,1-4: Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.// Evangelho - Jo 20,1-9: Ele devia ressuscitar dos mortos.// 

 "Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo" (entrada da missa). A ressurreição de Cristo é uma realidade central de nossa fé e a importância deste milagre é tão grande que os apóstolos são, antes de tudo, testemunhas da ressurreição. Desde há vinte e um séculos que a fé cristã anuncia ao mundo: Cristo vive! A ressurreição é a prova suprema da divindade de Cristo. Depois de ressuscitar pelo seu próprio poder, Jesus foi visto pelos discípulos que puderam certificar-se de que era ele mesmo. Puderam falar com ele, viram-no comer, verificaram as marcas dos pregos e da lança no seu corpo! São Pedro pronuncia um dos mais eloqüentes discursos sobre a ressurreição de Jesus (1ª Leitura): "Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe que se manifestasse a testemunhas escolhidas, a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos" (At 10,41). Na 2ª Leitura São Paulo anuncia que se ressuscitamos com Cristo esforcemo-nos para alcançar as coisas do alto, “pois vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus” (Cl 3,3). A ressurreição de Cristo é um forte chamado ao apostolado, isto é, que sejamos luz a fim de levar luz aos outros. A nossa missão de cristãos é manifestar essa realidade do Cristo ressuscitado com a nossa vida e nossas obras. A ressurreição de Jesus é o milagre do começo de uma vida nova a partir precisamente da morte. Mas esta nova existência não é o retorno à vida de um falecido milagrosamente reanimado, como na ressurreição de Lázaro (Jo 11), na do filho da viúva de Naim (Lc 7) e na filha de Jairo (Mc 5). Nestes casos o que ocorreu foi uma reanimação e uma continuidade no ritmo biológico, um retorno à mesma natureza física e corporal de antes. Não é este o caso de Jesus que ressuscitou para nunca mais morrer e para viver toda a eternidade (Rm 6,9; Ap 1,18). A sua ressurreição não seguiu a vida natural anterior, mas outra totalmente nova e transformada como demonstram as aparições posteriores de Cristo ressuscitado. Para os apóstolos, o ressuscitado é Jesus de Nazaré, a mesma pessoa que conheceram antes em perfeita continuidade pessoal e física, mas seu corpo embora sendo o mesmo, está inegavelmente transformado. Jesus ressuscitado apresenta um novo modo de existência, uma vida nova, para a qual eles não tinham e nós também não possuímos palavra que possa definir, pois se trata de uma realidade que nos escapa e transcende às categorias humana, física e biológica, para entrar no nível sobrenatural de Deus! O Evangelho não nos fala de uma aparição de Jesus ressuscitado à Maria. De qualquer maneira, assim como ela esteve de modo especial junto da cruz do Filho, também deve ter tido uma experiência privilegiada da sua ressurreição. Depois de tanto sofrimento, Maria vê o corpo ressuscitado do Filho, livre dos maus tratos passados. As feridas das chagas que tinham sido para a mãe como espadas de dor, viu-as convertidas em fontes de amor. A Igreja, felicitando Maria, passa a rezar na sua liturgia a partir deste domingo de Páscoa a oração "Regina Coeli," que ocupará o lugar do "Angelus" durante o Tempo Pascal:- "Rainha do céu, alegra-te aleluia! Porque aquele que mereceste trazer no vosso seio ressuscitou como disse, aleluia! Roga por nós a Deus, aleluia"! E lhe pedimos que nos alcance a graça de ressuscitar sempre de todo o pecado, vivendo em comunhão com seu Filho Jesus.

  [Fontes: “Intimidade Divina”, “L' Osservatore Romano”, “Falar com Deus” e “Nas Fontes da Palavra” / adaptação: Dr. Wilson]    

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