terça-feira, 24 de abril de 2012

LITURGIA / ANO B - 4º DOMINGO DO TEMPO PASCAL - 29 / ABRIL / 2012



Oração do Dia
Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do pastor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


1ª LEITURA
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, 8Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: "Chefes do povo e anciãos: 9hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, — aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos — que este homem está curado, diante de vós.
11Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos".


SALMO DE RESPOSTA
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.

— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ "Eterna é a sua misericórdia!"/ É melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que pôr no ser humano a esperança;/ é melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que contar com os poderosos deste mundo!

— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes/ e vos tornastes para mim o Salvador!/ A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!

— Bendito seja, em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai entrando!/ Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço!/ Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores!/ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ “Eterna é a sua misericórdia!"



2ª LEITURA
Leitura da Primeira Carta de São João
Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.


EVANGELHO
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João
Naquele tempo, disse Jesus: 11"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. 13Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas.
14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, 15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.
16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.
17É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai".



* O Bom Pastor *


1a Leitura - At 4,8-12: Jesus é a pedra angular// 2a Leitura -1Jo 3,1-2: Somos chamados filhos de Deus// Evangelho - Jo 10,11-18: O bom pastor dá a vida por suas ovelhas.


A Igreja dedica um dos domingos pascais à contemplação de Jesus ressuscitado sob a imagem do Bom Pastor. Já no Antigo Testamento, Deus se manifesta como o pastor de seu povo e Jesus retoma esta imagem para definir sua missão junto à humanidade. Logo após a ressurreição, Cristo continua aparecendo em seu corpo glorioso ao grupo dos apóstolos como o pastor que vai ao encontro de suas ovelhas, dando-lhes novo alento na missão que assumiriam para a continuidade e crescimento da Igreja nascente. Esta imagem bíblica utilizada com tanta frequência faz-nos pensar hoje nos pastores que Jesus deixou em seu lugar para conduzirem o seu rebanho: o papa, os bispos, os sacerdotes e diáconos. Por isso é que hoje, no 49º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, rezamos por eles a fim de que sejam bons pastores e também para que não faltem santos e santas que se consagrem inteiramente ao bem das almas. "O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10,11). É o gesto espontâneo do amor de Cristo pelos homens porque "Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo" (Jo 10,18). Neste mistério de misericórdia infinita, o amor de Jesus une-se e se confunde com o do Pai. Foi o Pai quem o enviou para que os homens tenham nele o Pastor que os guarde e lhes assegure a verdadeira vida. "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!" (1Jo 3,1). Tal amor presente no Deus Uno e Trino foi manifesto através do Filho, que com seu sacrifício libertou os homens do pecado e deu-lhes vida nova, tornando-os filhos de Deus. Em virtude desta obra redentora de Cristo todos os homens são chamados a fazer parte de uma única família, um único rebanho que se identifica com a Igreja, cuja pedra fundamental é Jesus. E São Pedro confirma que "Ele é a pedra que, rejeitada por vós, construtores, tornou-se a pedra angular" (1a leitura). Rejeitou-o a Sinagoga mas, por meio do mistério de sua morte e ressurreição, tornou-se Jesus o sustentáculo de um novo edifício: a Igreja. Ainda como antes, as palavras de Jesus soam como atuais: "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco, e é preciso que eu as traga" (Evangelho). Na realidade, ainda são muitas as ovelhas afastadas do aprisco (curral que se destina às ovelhas). Entretanto, justamente sobre estas disse Jesus: "Escutarão a minha voz". Mas como podem ouvi-la se não há arautos da Palavra, mensageiros do Evangelho? O cristão atual deve estar comprometido por meio de suas palavras, orações e sacrifícios nesta premente obrigação de ajudar a conduzir ao aprisco de Cristo as ovelhas dispersas e que de todas se faça "um só rebanho" e tenham todas "um só pastor" (Jo 10,16). "Conheço as minhas ovelhas - diz Jesus - e minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu O conheço" (Jo 10,15). Não se trata de simples conhecimento teórico, mas de conhecimento vital resultante da relação de amor entre o bom Pastor e suas ovelhas, comparável à relação de amor entre o Filho e o Pai. Assim a humilde imagem do pastor e suas ovelhas, usada por Jesus para revelar sua relação com a humanidade, é elevada ao patamar mais alto que é o da sua vida de comunhão com o Pai. Eis a verdadeira vida dos filhos de Deus, iniciada aqui na terra na fé e no amor, para culminar na eternidade onde "seremos semelhantes a Deus porque o veremos como ele é" (2a leitura).

[Fontes: "L' Osservatore Romano" e "Intimidade Divina"/ adaptação: Dr. Wilson]

sexta-feira, 20 de abril de 2012

LITURGIA / ANO B - 3º DOMINGO DO TEMPO PASCAL - 22 / ABRIL / 2012

* Temos junto do Pai um defensor: Jesus Cristo, o justo. *



1a Leitura - At 3,13-15.17-19: Deus o ressuscitou dos mortos e disso nós somos testemunhas.// 2a Leitura - 1 Jo 2,1-5: Ele é vítima de expiação pelos nossos pecados, e também pelos pecados do mundo inteiro.// Evangelho- Lc 24,35-48: Jesus apareceu no meio deles e disse: "A paz esteja convosco!"//


Oração do Dia
Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª LEITURA

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: 13“O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas.
17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados”.
SALMO DE RESPOSTA
— Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!
— Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!

— Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça!/ Vós, que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,/ atendei-me por piedade e escutai minha oração!
— Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo,/ e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece!
— Muitos há que se perguntam: “Quem nos dá felicidade?”/ Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!
— Eu tranqüilo vou deitar-me e na paz logo adormeço,/ pois só vós, ó Senhor Deus, dais segurança à minha vida!
2ª LEITURA
Leitura da Primeira Carta de São João

1Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro.
3Para saber que o conhecemos, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5aNaquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado.

EVANGELHO
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas

Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.


REFLEXÃO

O ambiente espiritual destes domingos pascais está iluminado pela presença de Jesus Ressuscitado no meio dos irmãos, que traz a alegria característica do Tempo Pascal. A 1ª Leitura durante este período é tirada sempre dos Atos dos Apóstolos, o livro que nos mostra os primeiros passos da Igreja a partir da pregação daqueles que foram testemunhas da vida, morte e ressurreição de Jesus. No texto de hoje, São Pedro cura um paralítico que estava à porta do Templo pedindo esmolas, despertando admiração e assombro no povo que testemunha o milagre. O apóstolo então lhes anuncia com clareza ter sido aquele homem curado não pelo seu próprio poder, mas pelo poder de Cristo a quem Deus glorificou "ressuscitando-o" dos mortos. Para ressaltar a ressurreição, não hesita Pedro de recordar os fatos dolorosos que a precederam: "Vós renegastes o santo e o justo e matastes o autor da vida". Acusações pesadas, quase cruéis! E Pedro tem consciência de estar incluído nelas, porque também renegou o mestre. Incluídos estão também todos os homens que, pelo pecado, continuam a renegar a Cristo preferindo suas próprias paixões. Não esqueceu Pedro sua culpa mas, ao mesmo tempo, tem no coração a lembrança do perdão do Senhor, e consequentemente passa a desculpar aos que estava acusando: "Irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes...". Depois disso, Pedro faz-lhes um convite à conversão: "Arrependei-vos portanto, e convertei-vos para que vossos pecados sejam perdoados" (At 3,19). Como ele foi perdoado, assim também será o seu povo e qualquer outra pessoa, desde que reconheça as próprias culpas e se proponha a não mais pecar. Também o apóstolo João na 2a Leitura faz o pedido para que os fiéis não pequem: "Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis" (1Jo 2,1). Todavia, ciente da fragilidade humana, continua o apóstolo: "No entanto se alguém pecar temos junto do Pai um defensor, Jesus Cristo o justo". João que no calvário tinha ouvido Cristo agonizante impetrar o perdão do Pai para os que o haviam crucificado, sabe até que ponto Jesus defende os pecadores. Vítima inocente dos pecados dos homens, é Jesus também seu mais válido advogado por ser pessoalmente a "expiação pelos nossos pecados e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro" (1 Jo 2,2). No Evangelho do dia, a aparição de Jesus ressuscitado aos apóstolos deixa-os certamente amedrontados e assustados, mas também não menos confusos e arrependidos por terem-no abandonado na Paixão. Morto para destruir o pecado e reconciliar os homens com Deus, Cristo anuncia-lhes - "A paz esteja convosco"! - para certificá-los de seu perdão, de seu amor que não mudou. Antes de despedir-se dos discípulos, torna-os mensageiros de conversão e de perdão para todos os homens. Deverão pregar em seu nome a conversão e o perdão dos pecados à todas as nações, começando por Jerusalém. A história da Igreja é a história do nome de Cristo e quer se tornar história de nossa salvação. Somos solicitados e exortados: "Vós sereis testemunhas de tudo isso"! (Lc 24,48). Assim a paz de Jesus será levada a todo o mundo, justamente porque "Ele é a expiação de nossos pecados", mistério de amor infinito!

[Fontes: "Intimidade Divina", "A Palavra de Deus no Anúncio e na Oração" e "Nas Fontes da Palavra" / Adaptação: Dr. Wilson]

sexta-feira, 13 de abril de 2012

LITURGIA /ANO B - DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO – 08 / ABRIL / 2012


* Ressuscitar em Cristo! *



1a Leitura - At 10,34.37-43: Comemos e bebemos com ele, depois que ressuscitou dos mortos.// 2a Leitura – Cl 3,1-4: Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.// Evangelho - Jo 20,1-9: Ele devia ressuscitar dos mortos.// 

 "Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo" (entrada da missa). A ressurreição de Cristo é uma realidade central de nossa fé e a importância deste milagre é tão grande que os apóstolos são, antes de tudo, testemunhas da ressurreição. Desde há vinte e um séculos que a fé cristã anuncia ao mundo: Cristo vive! A ressurreição é a prova suprema da divindade de Cristo. Depois de ressuscitar pelo seu próprio poder, Jesus foi visto pelos discípulos que puderam certificar-se de que era ele mesmo. Puderam falar com ele, viram-no comer, verificaram as marcas dos pregos e da lança no seu corpo! São Pedro pronuncia um dos mais eloqüentes discursos sobre a ressurreição de Jesus (1ª Leitura): "Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe que se manifestasse a testemunhas escolhidas, a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos" (At 10,41). Na 2ª Leitura São Paulo anuncia que se ressuscitamos com Cristo esforcemo-nos para alcançar as coisas do alto, “pois vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus” (Cl 3,3). A ressurreição de Cristo é um forte chamado ao apostolado, isto é, que sejamos luz a fim de levar luz aos outros. A nossa missão de cristãos é manifestar essa realidade do Cristo ressuscitado com a nossa vida e nossas obras. A ressurreição de Jesus é o milagre do começo de uma vida nova a partir precisamente da morte. Mas esta nova existência não é o retorno à vida de um falecido milagrosamente reanimado, como na ressurreição de Lázaro (Jo 11), na do filho da viúva de Naim (Lc 7) e na filha de Jairo (Mc 5). Nestes casos o que ocorreu foi uma reanimação e uma continuidade no ritmo biológico, um retorno à mesma natureza física e corporal de antes. Não é este o caso de Jesus que ressuscitou para nunca mais morrer e para viver toda a eternidade (Rm 6,9; Ap 1,18). A sua ressurreição não seguiu a vida natural anterior, mas outra totalmente nova e transformada como demonstram as aparições posteriores de Cristo ressuscitado. Para os apóstolos, o ressuscitado é Jesus de Nazaré, a mesma pessoa que conheceram antes em perfeita continuidade pessoal e física, mas seu corpo embora sendo o mesmo, está inegavelmente transformado. Jesus ressuscitado apresenta um novo modo de existência, uma vida nova, para a qual eles não tinham e nós também não possuímos palavra que possa definir, pois se trata de uma realidade que nos escapa e transcende às categorias humana, física e biológica, para entrar no nível sobrenatural de Deus! O Evangelho não nos fala de uma aparição de Jesus ressuscitado à Maria. De qualquer maneira, assim como ela esteve de modo especial junto da cruz do Filho, também deve ter tido uma experiência privilegiada da sua ressurreição. Depois de tanto sofrimento, Maria vê o corpo ressuscitado do Filho, livre dos maus tratos passados. As feridas das chagas que tinham sido para a mãe como espadas de dor, viu-as convertidas em fontes de amor. A Igreja, felicitando Maria, passa a rezar na sua liturgia a partir deste domingo de Páscoa a oração "Regina Coeli," que ocupará o lugar do "Angelus" durante o Tempo Pascal:- "Rainha do céu, alegra-te aleluia! Porque aquele que mereceste trazer no vosso seio ressuscitou como disse, aleluia! Roga por nós a Deus, aleluia"! E lhe pedimos que nos alcance a graça de ressuscitar sempre de todo o pecado, vivendo em comunhão com seu Filho Jesus.

  [Fontes: “Intimidade Divina”, “L' Osservatore Romano”, “Falar com Deus” e “Nas Fontes da Palavra” / adaptação: Dr. Wilson]