sexta-feira, 29 de abril de 2011

LITURGIA / ANO A - 2o DOMINGO DO TEMPO PASCAL - 01 / MAIO / 2011

* Renascer para uma vida nova! *
1a Leitura - At 2,42-47: Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum.// 2a Leitura1 Pd 1,3-9: Pela ressurreição de Cristo ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva.// Evangelho - Jo 20,19-31: Oito dias depois, Jesus entrou.//

A festa da Páscoa é tão grande e significativa que não pode ficar reduzida ao espaço de um dia ou uma semana, tendo na verdade sua duração estendida por um período de cinqüenta dias, como se tratasse de uma só festa, o chamado Tempo Pascal.
A 1ª Leitura da liturgia deste domingo apresenta-nos o célebre trecho dos Atos dos Apóstolos que sintetiza o estilo de vida dos primeiros cristãos: comunidade de fé, unida em oração e que tudo colocava em comum. Sempre que ouvimos esta passagem, questionamos porque com tanta freqüência nossas comunidades andam tão longe deste ideal vivido pelos primeiros irmãos. Contudo, mais do que perder-nos em lamentações estéreis, precisamos ver como realizar este ideal em nível de família, de grupo, de paróquia, buscando sinceridade na oração e maior ajuda mútua entre os irmãos. Não admira que tal estilo de vida tenha atraído tantos novos membros à Igreja nascente e entrevemos como esta leitura representa um desafio às nossas comunidades. A 2ª Leitura é tirada da 1ª carta de São Pedro onde o apóstolo exalta a bondade do Pai pela ressurreição de Cristo dentre os mortos, fazendo-nos “nascer de novo para uma esperança viva e uma herança incorruptível”. São Pedro lembra, entretanto, que “a fé será provada como sendo verdadeira e mais preciosa que o ouro perecível, para alcançar louvor, honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo”.
O Evangelho de hoje narra a aparição de Jesus aos apóstolos, reunidos no cenáculo, quando lhes é anunciada sua missão: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio". Jesus então sopra sobre eles o Espírito Santo, conferindo-lhes o poder de perdoar os pecados e que é transmitido ao longo de todos os tempos, por meio do clero, aos sacerdotes de hoje da nossa Igreja. É nesta efusão do Espírito de Deus que se dá a instituição do sacramento da Reconciliação. Aparece assim o Espírito Santo como primeiro dom de Cristo ressuscitado à sua Igreja, no momento em que a constitui e a envia para prolongar sua missão no mundo. Os discípulos cheios de grande alegria, após esta aparição de Jesus ressuscitado, encontram Tomé que não havia estado com eles e dizem: "Vimos o Senhor!" Mas sabemos que Tomé não dá sinal de crédito a estas palavras e os apóstolos então insistem com muita certeza, repetindo: "Vimos o Senhor!" As dúvidas de Tomé vêm a servir para confirmar a fé dos que mais tarde viriam a crer em Jesus. Diz São Gregório que não foi por acaso, e sim por uma disposição divina que ocorreu a ausência de Tomé. Quando este discípulo que duvidava, tocou os sinais das chagas de seu mestre, curou também a incredulidade de muitos, permitindo se tornarem ainda mais claras e verdadeiras as provas da ressurreição. Para muitos homens e mulheres é como se Cristo estivesse morto, porque pouco Ele significa para eles e quase não conta nas suas vidas. A nossa fé em Jesus ressuscitado anima-nos a ir ao encontro dessas pessoas e a dizer-lhes com o nosso comportamento e de diversas maneiras que Cristo vive, que a Ele estamos unidos pela fé, e que Ele dá sentido à nossa vida. Desta maneira, contribuímos pessoalmente para a edificação da Igreja, como aqueles primeiros cristãos de que falam os Atos dos Apóstolos: "Cada vez mais aumentava o número de homens e mulheres que acreditavam no Senhor". Meditemos o Evangelho da missa de hoje. Fixemos de novo o olhar no Mestre. Talvez também nós escutemos dele a mesma censura dirigida a Tomé: "Ponha o seu dedo aqui e veja as minhas mãos. Não seja incrédulo, mas tenha fé!" A nossa resposta deverá ser também como a de Tomé, um ato de adoração: "Meu Senhor, meu Deus". Se a nossa fé for firme, também haverá muitos que se apoiarão nela. Somente à luz da fé, com a meditação da Palavra de Deus e a participação nos sacramentos, é possível buscar a vontade do Pai em todos os acontecimentos do quotidiano e vislumbrar Cristo em cada ser humano. Peçamos à Maria que nos ajude a manifestar com a nossa conduta e com as nossas palavras que Cristo vive! [Fontes: “L' Osservatore Romano”, “Intimidade Divina”, “Falar com Deus” e “Nas Fontes da Palavra” / adaptação: Dr Wilson]

Salve o Beato João Paulo II!

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