segunda-feira, 2 de maio de 2011

LITURGIA / ANO A – 3º DOMINGO DO TEMPO PASCAL - 08 / MAIO / 2011

* Reconheceram-no ao partir o pão! *
1a Leitura - At 2,14.22-33: Não era possível que a morte o dominasse.// 2a Leitura
1 Pd 1,17-21: Fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem mancha.// Evangelho - Lc 24,13-35: Reconheceram-no ao partir o pão.//

O ambiente espiritual vivido nos domingos do Tempo Pascal está iluminado pela presença de Jesus ressuscitado em meio aos irmãos, que traz a alegria característica do período da páscoa. A 1ª Leitura durante este tempo é sempre tirada dos Atos dos Apóstolos, livro que nos mostra os primeiros passos da Igreja a partir da pregação daqueles que foram testemunhas da vida, morte e ressurreição de Jesus. Refere-se o texto de hoje ao corajoso discurso de Pedro no dia de Pentecostes. O apóstolo declara aos "homens de Israel" que, aquele Jesus por eles condenado à morte de cruz, ressuscitou:- ‘Por mão dos ímpios o crucificastes e matastes, mas Deus o ressuscitou rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que ela o retivesse em seu poder’. Como poderia ser devorado pela morte para sempre Aquele que havia realizado tantos milagres, prodígios e sinais e havia arrebatado da própria morte suas presas, restituindo as vidas de Lázaro (o sepultado de quatro dias), da filha de Jairo e do jovem da cidade de Naim? Além disso, Pedro recorre às Escrituras nas quais se revelam os misteriosos vaticínios da ressurreição: ‘Tu não abandonarás minha alma na região dos mortos, nem permitirás que teu santo conheça a corrupção’. As palavras do salmista que espera não permanecer prisioneiro na região dos mortos são aplicadas a Jesus, o santo por excelência que embora tendo morrido, não experimentou a corrupção do corpo. O destaque dado por São Pedro na 1ª Leitura sobre a ressurreição tem sua seqüência na 2ª Leitura, onde o apóstolo continua a explicar o valor do mistério pascal e o apresenta aos fiéis como o motivo determinante da santidade de sua vida: ‘Não fostes resgatados por bens perecíveis como a prata e o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, o cordeiro imaculado e sem defeito’. A consciência de termos sido resgatados da escravidão do pecado mediante o sangue do Filho de Deus é, segundo Pedro, um dos argumentos mais fortes para impelir os homens a amar o seu Salvador e a viver de modo a não tornarem inútil sua Paixão. Aquele sangue precioso é para Pedro realidade muito concreta: viu-o derramar-se nas horas da paixão, examinou-lhe os vestígios nos linhos encontrados no sepulcro, contemplou as chagas do ressuscitado por onde jorrou até a última gota. A alegria de Pedro com a ressurreição não lhe apagou a lembrança do sofrimento intensamente doloroso da paixão que a precedeu, sem o qual Jesus não teria salvado a humanidade pecadora. E justamente em virtude de seu sangue, homens e mulheres recebem o dom da fé e crêem que Deus ‘o ressuscitou dos mortos e o glorificou, para que sua esperança se fixe em Deus’. De onde obteve Pedro, rude pescador, doutrina tão profunda sobre o mistério pascal? Também ele, como os discípulos de Emaús, foi instruído por Jesus que aparecendo aos onze na tarde da Páscoa, havia lhes explicado as Escrituras e também lhes abrira o entendimento para que as compreendessem (Evangelho).
Jesus apresenta-se como o pastor que com simplicidade e amizade, faz-se catequista e explica a realidade da sua ressurreição a partir de tudo quanto a Escritura dizia acerca dele. Somente a graça proveniente de Cristo, com o auxílio da maternidade espiritual de Maria, pode transformar-nos interiormente e infundir em nossa alma uma fé forte e amor convicto a Deus, para que nos tornemos apóstolos. Os discípulos reconheceram Jesus ‘ao partir o pão’. Também nós devemos estar atentos para reconhecê-Lo ao participamos na Eucaristia!

[Fontes: ‘Intimidade Divina’, L’ Osservatore Romano, ‘Falar com Deus’ e ‘Nas Fontes da Palavra’ / adaptação: Dr. Wilson]




Deus Abençoe todas as Mães!
Pe. Jonas Barbosa da Silva

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