1a Leitura - At 10, 34.37-43: Comemos e bebemos com Ele depois que ressuscitou.// 2a Leitura – Cl 3,1-4: Esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.// Evangelho - Jo 20,1-9: Ele devia ressuscitar dos mortos. //
"O Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia. A ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos" (entrada da missa). A ressurreição de Cristo é uma realidade central da nossa fé católica e a importância deste milagre é tão grande que os apóstolos são, antes de tudo, testemunhas da ressurreição. Este é o núcleo de toda a pregação, e isto é o que depois de vinte e um séculos, é anunciado ao mundo: Cristo vive!
A ressurreição é a prova suprema da divindade de Cristo. Depois de ressuscitar, Jesus foi visto pelos discípulos que puderam certificar-se de que era Ele mesmo: puderam falar com Ele, viram-no comer (1ª Leitura), verificaram as marcas dos pregos e da lança no seu corpo. São Pedro pronuncia uma eloqüente exortação sobre a ressurreição de Jesus na 2ª Leitura: "Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus". A ressurreição de Cristo é uma forte chamada ao apostolado, isto é, a que sejamos luz a fim de levarmos a luz aos outros. A nossa missão de cristãos é proclamar essa realidade de Cristo ressuscitado, anunciá-la com a nossa palavra e as nossas obras a todos os ambientes em que as tarefas humanas se desenvolvem: nas escolas, nas fábricas, nas atividades rurais, nos laboratórios, nos hospitais, nos presídios... A ressurreição de Jesus é o milagre do começo de uma vida nova a partir precisamente da morte. Mas esta nova existência não é o retorno à vida de um cadáver que se reanima, como aconteceu com os milagres em que Cristo faz ressurgir a Lázaro (Jo 11); ao filho da viúva de Naim (Lc 7) e à filha de Jairo (Mc 5). Nestes casos o que ocorreu foi uma reanimação e uma continuidade no ritmo biológico previamente existente, a mesma natureza física e corporal de antes. Não é este o caso de Jesus que ressuscitou para nunca mais morrer, mas para viver por toda a eternidade (Rm 6,9; Ap 1,18). A sua existência após a ressurreição não seguiu a vida natural de antes, mas outra totalmente nova e transformada como o demonstra as aparições posteriores de Cristo ressuscitado. Para os apóstolos, o ressuscitado era Jesus de Nazaré, a mesma pessoa que conheceram antes em perfeita continuidade pessoal e física. Mas seu corpo, embora ainda sendo o mesmo, está inegavelmente transformado. Jesus ressuscitado tinha um novo modo de existência, uma vida nova, para a qual eles não tinham, e nós também não temos palavra que possa definir, pois se trata de uma realidade que nos escapa e transcende às categorias humanas, físicas e biológicas, pertencendo à dimensão sobrenatural de Deus... Os evangelhos não nos falam de uma aparição de Jesus ressuscitado a Maria. De qualquer modo, assim como Ela esteve de modo especial junto da cruz do Filho, também deve ter tido uma experiência privilegiada da sua ressurreição. Depois de tanto sofrimento, Maria vê o corpo ressuscitado do Filho livre dos maus tratos passados. A ferida das chagas que tinham sido para a mãe como espadas de dor viu-as convertidas em fontes de amor. A Igreja, felicitando Maria, passa a rezar na sua liturgia a partir deste domingo da Páscoa a oração “Regina Coeli” que ocupará o lugar do “Ângelus” durante o Tempo Pascal: "Rainha do Céu, alegra-te aleluia! Porque aquele que mereceste trazer no vosso seio ressuscitou como disse, aleluia! Roga por nós a Deus, aleluia"! E lhe pedimos que nos alcance a graça de ressurgir para sempre de todo o pecado, vivendo este Tempo Pascal muito unidos à Maria e à Jesus Cristo. [Fontes: Intimidade Divina, L 'Osservatore Romano, Falar com Deus e Nas Fontes da Palavra / adaptação: Dr. Wilson]
Nenhum comentário:
Postar um comentário